...

"Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradáva era o sermão do padre: 'Promete ser fiel na alegria e na tristeza; na saúde e na doença e respeitando-lhe até que a morte os separe?'
Acho simplista e um pouco fora da realidade.
Dou aqui novas sugestões de sermões:
'Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?'(muito importante).
'Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não de uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?'
'Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim com você a ela?'
'Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?'
'Promete que não falará mal da pessoa com quem você casou só para arrancar risos dos outros?'
Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros."

-Mário Quintana-